Ato Solene de Início de Atividade da Academia
7 de maio de 2021
1. Saudação
Exmo. Senhor Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Academia de Ciências Farmacêuticas de Portugal
Exmos. Senhores Presidentes e Representantes das Academias de Farmácia ou de Ciências Farmacêuticas
Exmas. Autoridades Académicas
Exmos. Senhores Diretores ou representantes das distintas Faculdades de Farmácia e outras Instituições de Ensino e de Saúde
Exmos. Membros da Academia de Ciências Farmacêuticas de Portugal
Exmas. Senhoras e Senhores convidados
Permitam-me, antes de mais, que saúde a participação do Exmo. Senhor Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, merecedor da minha mais elevada estima pessoal e institucional, que apesar de não poder estar connosco fisicamente, não deixou de enviar o seu testemunho através de mensagem em suporte digital. Esta sua atitude, que muito nos honra e obriga, traduz o seu empenhamento e o empenhamento do Governo de Portugal em apoiar o desenvolvimento académico e científico, bem como, as instituições vocacionadas à sua promoção e aprofundamento.
Cumprimento o Prof. Doutor Alberto Ramos Cormenzana, Presidente da Academia Ibero Americana de Farmácia, que tão prontamente aceitou participar neste Ano Solene, mas que motivos imprevistos e de última hora o impediram de estar fisicamente presente, embora nos acompanhe de um modo virtual. Na sua pessoa saúdo todos os Presidentes ou representantes das Academias de Farmácia que assistem a este evento.
Uma referência particular às Academias de Farmácia que têm entre os seus, membros académicos portugueses, alguns deles hoje empossados neste Ato Solene da Academia de Ciências Farmacêuticas de Portugal.
Consintam-me, também, que em nome desta nova Academia de Ciências Farmacêuticas e de todos os que hoje tomam posse como membros Académicos, manifeste perante todos vós, o meu contentamento pela V. presença, enquanto testemunhas deste ato da maior relevância e significado para a vida desta Academia.
São sinais claros de solidariedade e da confiança que em nós depositais, bem como no futuro desta Academia de Ciências Farmacêuticas de Portugal, enquanto instituição, que assume o conhecimento e o pensamento científico como essência para o desenvolvimento das ciências farmacêuticas.
Sentimo-nos obrigados pela V. estima, pela V. consideração.
2. No Jardim de Academo
Distintos Académicos, Senhoras e Senhores convidados.
Hoje, neste particular dia de 7 de maio do ano de 2021, tem lugar neste local o Ato Solene formal do Início de Atividade da Academia de Ciências Farmacêuticas de Portugal.
É com júbilo e assumido comprometimento que hoje somos convidados a abrir as portas de um novo jardim de Academo, onde, na esteira de Platão, se pretende que seja repositório da ciência e centro de difusão e de debate da cultura e do saber científico dos distintos domínios que compõem as Ciências Farmacêuticas.
2.1. Enquadramento histórico
A importância das Academias e de outras Sociedades Científicas ao longo dos tempos foi fundamental como fonte consolidante e muitas vezes disruptiva do pensamento dominante ou consuetudinário.
De meros locais de reunião e debate, muitas vezes informais, sobre questões culturais, científicas e políticas de elites intelectuais e da cultura, estas instituições, pouco a pouco, foram-se organizando, cada vez mais e melhor, adquirindo maior projeção e protagonismo interventivo.
De início, com uma forte vertente literária, muito dirigida às letras e humanidades, a necessidade sentida da experimentação e da ciência, como base do conhecimento e da evolução das sociedades, incentivou a criação de novas academias ou a inclusão de novas áreas em Academias ou Sociedades já existentes, a este fim mais dedicadas.
Os séculos XVII e XVIII foram séculos de grande envolvimento e progresso na área científica.
Um período histórico de grande relevo, pelas consequências transformadoras a nível filosófico, religioso, político, económico e científico.
Grandes acontecimentos políticos, como a revolução francesa e a declaração de independência dos USA, bem como, o surgimento de grandes personalidades em distintas áreas da ciência, da política e da filosofia, como Descartes, Voltaire, Kant, Jean Jacques Rousseau, Newton, Thomas Jefferson, Catarina II da Rússia, que foram interpretes de uma nova sociedade, de uma nova forma de encarar o mundo.
O relevante papel do Marquês de Pombal, que na esteira do despotismo esclarecido muito contribuiu e influenciou a mudança do pensamento político, social e científico em Portugal, deve igualmente ser merecedor de destaque e de ser recordado.
Muitas e grandiosas foram as consequências advindas na sequência deste magnifico período da história portuguesa e universal.
Foi a Era do Iluminismo, em que a defesa da razão constituiu a mola impulsionadora de um grande movimento intelectual de transformação social.
O método científico adquiriu importância fundamental, bem suportado pela citação latina Sapere aude (em português: “Atreva-se a conhecer” ou “ouse conhecer”), utilizada e imortalizada por Immanuel Kant como lema identificativo e identitário deste período.
A ciência evoluiu graças à curiosidade do homem que quis saber cada vez mais, muitas vezes contrariando as convicções religiosas mais ortodoxas.
“Na vida, não existe nada a temer, mas sim a entender” (Marie Curie)!
Foi, pois, essencialmente neste período e neste contexto, que surgiram por toda a Europa as academias de natureza científica, a mais antiga das quais, e ainda hoje prestigiada, foi a Accademia dei LINCEI, a Academia Nacional dos Linces, fundada em 1603, em Roma, e que entre os seus membros contou com aquele que é considerado como o “pai do método científico e da ciência moderna”: Galileu Galilei.
Esta academia é contemporânea de outras academias ou sociedades científicas de considerável prestígio, como a Royal Society of London, vocacionada à física e matemática experimentais, onde nomes como Boyle, Newton, Darwin, e mais recentemente Einstein, fizerem parte dos seus quadros.
Anos mais tarde, surgem a Academie des Sciences de Paris, 1666, a Academia Real de Berlim, no início do século XVIII, em 1700, e a Academia de São Petersburgo, em 1724.
Foi um período revolucionário de grande desenvolvimento e avanço científico e tecnológico, na busca incessante do saber, onde a essência e objetividade das academias estavam centralizados na ciência e na ciência experimental.
Alias, a assunção deste facto foi devidamente enfatizada pelo historiador Ulrich Im Hof ao referir que “Aquilo que as universidades não conseguem realizar, deve ser efetuado pelo trabalho voluntario das academias.”
Portugal não deixou de acompanhar os tempos e foi igualmente palco de significativas transformações, na imensa maioria das vezes com o alto patrocínio do clero e da realeza.
Neste período, Portugal viu nascer várias academias, a imensa maioria das quais de vida muito curta, como a Academia dos Singulares, a Academia dos Solitários, a Academia dos Ilustrados, a Academia das Belas Artes Arcádia de Portugal, entre outras, sendo, contudo, de destacar, no reinado de D. João V, em 1720, a Academia Real da História Portuguesa, precursora da hoje designada Academia Portuguesa da História.
Para além desta vertente literária e artística, Portugal não passou incólume por estes momentos de mudança da ciência vigente para uma nova e moderna conceção de ciência, onde a valorização experimental e aplicabilidade dos seus princípios foram componentes essenciais para o progresso tecnológico.
Portugal foi um país recetivo à mudança.
Foi, aliás, esta apetência de Portugal pela valorização da aplicabilidade do conhecimento científico, em particular na área da matemática, da astronomia e das ciências naturais, que suportou anteriormente o grande desenvolvimento associado à navegação e aos descobrimentos, que muito engradeceram o nosso País.
A primeira academia científica criada em Portugal foi a Academia Real de Ciências de Lisboa, em 1779, criada durante o reinado de D. Maria I, sendo seu grande obreiro o 2º Duque de Lafões, D. João Carlos de Bragança, curiosamente ele mesmo, membro da Royal Society of London.
Esta Academia foi a primeira a congregar em si estudos ligados às ciências naturais e às ciências experimentais, em contraponto com as academias anteriores fortemente ligadas às tradições literárias.
Sendo, na realidade, a primeira instituição que pretendeu ter uma intervenção ativa na promoção, valorização e divulgação das ciências e das ciências aplicadas em Portugal, ainda hoje, agora designada por Academia de Ciências de Lisboa, após instauração da República, em 1910, conserva na sua estrutura diferentes áreas de investigação e conhecimento científico.
Ao longo do Séc. XX, outras academias e sociedades científicas surgiram e incorporaram em si mesmas académicos e cientistas de diferentes backgrounds, que muito contribuíram e ainda contribuem, com as suas atividades científicas e de investigação, para a agregação de saberes e a disseminação e valorização da evidencia científica.
A criação de elites intelectuais com capacidade interventiva capazes de mobilizar a sociedade nas suas mais diferentes vertentes de existência, seja a nível do ensino e da investigação científica, seja a nível político, económico, social e cultural, constitui e constituiu, desde sempre, fator de engrandecimento e de dinamização de um país.
2.2. Farmacêuticos e Academias
Estimados membros Académicos
A história tem sido grata para os farmacêuticos na plenitude das suas competências e funções, e grande a honra em terem sido reconhecidos por outros seus iguais, na partilha dos seus saberes e interesses académicos.
Desde muito cedo, foram chamados a contribuir para fazerem parte integrante de associações de natureza científica, como as Academias ou Sociedades científicas.
Já no final da primeira metade do Séc. XVIII, em 1749, e com a proteção do Arcebispo de Braga, irmão do rei e filho de D. Pedro II, foi criada nesta mesma cidade do Porto, a Real Academia Medico-Portopolitana, pelo então cirurgião Manuel Gomes de Almeida, que alicerçada na ciência experimental, incluía no seu âmbito a Medicina, a Cirurgia e a Farmácia.
Foram membros plenos desta Academia, cuja primeira designação foi a Academia dos Escondidos, médicos, cirurgiões e boticários, de todo o país, e também de Espanha e Brasil.
A consciência do farmacêutico da necessidade da sua atuação ter de estar alicerçada no conhecimento fez com que, em 1835, fosse criada a Sociedade Farmacêutica Lusitana, primeiramente designada como Sociedade Farmacêutica de Lisboa.
Com uma forte matriz científica, a Sociedade Farmacêutica Lusitana visava aglutinar e promover os saberes científicos conducentes à melhoria do ensino e da prática farmacêutica.
Foi crucial a sua intervenção na reforma do ensino universitário que levou à criação das Escolas de Farmácia, na altura ainda anexas às escolas medico cirúrgicas, e mais tarde à sua transformação em curso superior e à implementação das Faculdades de Farmácia.
Mais ainda, foi enorme o seu contributo e empenhamento no desenvolvimento da atividade farmacêutica em distintas áreas de intervenção, onde ainda hoje os farmacêuticos se destacam e tem papel preponderante.
É curioso notar que, apenas 40 anos mais tarde, em 1877, foi criada a Sociedade de Geografia de Lisboa, uma das mais ilustres sociedades científicas ainda hoje existentes no nosso país.
A Sociedade Farmacêutica Lusitana, que hoje não existe como tal, foi a antecessora da atual Ordem dos Farmacêuticos de Portugal, que embora com estatutos e responsabilidades diferentes, prossegue os mesmos objetivos no que concerne à assunção do conhecimento e da evidência científica, como bases do desenvolvimento da profissão farmacêutica.
Mais recentemente, foi criada a Sociedade Portuguesa de Ciências Farmacêuticas, dirigida a todos os que, de alguma maneira, desenvolvem atividades relacionadas com a investigação na área das ciências farmacêuticas, e onde a atividade e o envolvimento dos farmacêuticos têm sido significativos.
2.3. Farmacêuticos na Ciência e Investigação Científica
Digníssimos Académicos, Senhoras e Senhores convidados
A história é testemunha do comprometimento e envolvência dos farmacêuticos em todas as áreas que hoje compõem as ciências farmacêuticas, e muitos foram os que transformaram ou deixaram a sua pegada transformadora no âmbito da ciência e da sua aplicabilidade na prática quotidiana.
Não querendo ser exaustivo, relembro Emílio Dufau, e as suas investigações sobre a diabetes; Eugénio Bauman, e os seus estudos sobre a tiróide; Grimbert, e o diagnóstico laboratorial em microbiologia; Emílio Boudier, fundador da Sociedade Francesa de Micologia; Grassi, e os seus estudos sobre as alterações do sangue em variadas patologias; José Carracido, e os seus estudos sobre a hemoglobina; Alder Wright, e a síntese da heroína; Henri Leroux, e o isolamento o ácido salicílico; Ernest Furneau, o criador da moderna quimioterapia; Nicolas LeFevbre, inventor do termómetro clinico; Henri Nestlé, e a “Farinha Láctea” com o seu nome, como substituto do leite materno, entre outros.
Também em Portugal, entre os muitos que mereceriam aqui estar pelos seus relevantes contributos para a ciência, investigação e ensino, não só no nosso país, mas para além dele, permitam-me que relembre, sem, contudo, deixar de pecar por omissão, Luís Nogueira Prista, Antonio Pinho Brojo, Lupi Nogueira, na Tecnologia Farmacêutica e Farmácia Galénica, Alberto Ralha, Campos Neves e Joaquim Barros Polonia, na Química Orgânica e Farmacêutica, Vale Serrano, nos Métodos Instrumentais de Análise, Correia da Silva, na Farmacodinamia, Aloísio Fernandes Costa, na Farmacognosia, Carlos Silveira, na Bioquímica, Irene Silveira, na Bromatologia e Analises Bromatologias, e Maria Serpa dos Santos, a primeira Catedrática de Farmacia em Portugal.
E consintam-me ainda uma particular menção a Odete Ferreira, uma das fundadoras desta Academia de Ciências Farmacêuticas de Portugal, que recentemente nos deixou, e aos seus estudos na área da virologia, em particular o HIV. O seu brilhantismo como cientista e investigadora e o seu apego às causas de saúde publica, a todos nos orgulha e enche a alma.
3. Percurso da ACFP
Distintos Académicos, meus senhores e minhas senhoras.
Hoje é o dia oficial de Inicio de Atividade da Academia de Ciências Farmacêuticas de Portugal.
Um longo caminho foi percorrido!
Trocaram-se experiências, debateram-se e consolidaram-se ideias que permitiram a concretização de um projeto que corporizou a criação de uma instituição agregadora e mobilizadora das vontades, que assume o conhecimento e o pensamento científico como essência para o desenvolvimento das ciências farmacêuticas, que pretende participar na resposta às necessidades impostas pela crescente e rápida evolução que se verifica nesta área do conhecimento, e que se pretende constituir como repositório valioso e credível dos resultados desse mesmo desenvolvimento.
Foram nove, os académicos farmacêuticos que imbuídos deste espírito e com forte convicção convergiram num mesmo querer, e em 9 de marco de 2018, fundaram, nesta cidade do Porto, a Academia de Ciências Farmacêuticas de Portugal.
Associação científica, de natureza privada e sem fins lucrativos, tem como fim primeiro da sua atividade, para além do reconhecimento do mérito científico e da sua aplicabilidade, o incentivo à investigação e ao estudo das ciências farmacêuticas, o fomento da sua cultura e o estímulo à formação através da participação, indução e debates conceptuais a estas temáticas subordinadas, complementado com a assessoria a organismos oficiais ou privados.
Três anos depois, desse primeiro ato formal, e fruto das vicissitudes inerentes à crise pandémica que vivemos, aqui estamos, bem mais conscientes da bondade das ideias que nortearam os passos iniciais desta caminhada e mais convictos da necessidade de percorrer este caminho.
Neste Ato Solene de Inicio de Atividade da Academia importa clarificar o propósito da nossa presença, o porquê de, aqui, fazermos convergir cada vez mais e com maior intensidade e veemência os nossos percursos.
Compreender as Ciências Farmacêuticas hoje, é assumi-las como uma multiplicidade de áreas de estudo e intervenção, que não se esgotam na área da saúde, embora seja esta a sua essência, a sua desafiante razão primeira e fundamental.
Com este ato reiteramos que a Investigação, a Inovação e o estudo das Ciências Farmacêuticas constituem objetivos primordiais desta novel Academia e que regulamos o nosso relacionamento e a nossa responsabilidade, com base em seis domínios do conhecimento que, nesta data, interessam às Ciências Farmacêuticas: (i) Ciências Químicas e Físico-Químicas, (ii) Tecnologia Farmacêutica, (iii) Farmacologia, Toxicologia e Farmacoterapia, (iv) Biologia, Bioquímica Clínica e Genética, (v) Farmacognosia e Bromatologia, (vi) Sócio Farmácia.
É no equilíbrio do sistema composto por estes domínios que se consegue reforçar o reconhecimento do papel das Ciências Farmacêuticas, na dimensão universal da investigação científica e na melhoria da Condição Humana.
A credibilidade da Academia, como um todo, depende da integridade de cada um destes domínios, ou seja, do contributo em Conhecimento, na medida que lhe é exigida, para o progresso das Ciências Farmacêuticas.
Adquirimos a consciência de que o Caminho se pode tornar mais fácil se a abordagem for multidisciplinar, e se se utilizar com sabedoria, os recursos humanos e tecnológicos disponíveis.
Por isso, na Academia de Ciências Farmacêuticas de Portugal o todo será sempre maior que a soma das partes, e a participação integrada de todos constituirá a grande força impulsora da sua realidade.
O conhecimento é um valoroso instrumento na mão de quem o possui ou compreende, e uma inquietação para aqueles que dele se afastam ou o recusam. É o percurso, no tempo, de uma Ideia, cujo avanço é participado por todos, para benefício de todos.
O titular do registo de propriedade do Conhecimento é a Humanidade, pelo que se impõe, de um modo mais assertivo e intenso nesta Academia que hoje se institui, transferir o Conhecimento para o contexto geral da Ciência e da Saúde, centrando a atenção naquele que é o seu verdadeiro destinatário – a Pessoa.
PER SCIENTIAM AD SALUTEM – Da ciência para a saúde, a razão de ser e o lema desta Academia de Ciências Farmacêuticas de Portugal
E para garantir o sucesso dessa transferência é preciso que sejam reconhecidos valores de confiança, de merecimento e valoração científica e profissional a quem os possui.
Garantido este reconhecimento, não mais será possível desviarmo-nos do nosso propósito que é servir a HUMANIDADE, através das nossas intrínsecas mais valias, asseverando uma progressão contínua e sustentável das Ciências Farmacêuticas.
Não basta, pois, e apenas, partilhar Conhecimento; tem de se partilhar também comprometimento.
Como dizia João Paulo II na sua comunicação à Academia Pontifícia das Ciências, por ocasião do seu 50º aniversário, “A ampliação e o aprofundamento do conhecimento científico constituem, portanto, um progresso inegável para o homem, porque isso o aproxima de um conhecimento preciso da verdade”.
A ciência como geradora de confiança….
… Como mola de desenvolvimento cultural e social dos povos, como força motriz de uma sociedade evoluída, capaz e livre
Uma fonte de progresso e de defesa da cidadania e da universalidade.
Porque o conhecimento “at best” é universal…… e deve ser utilizado a favor e a bem da humanidade.
4. Conclusão
Distintos Académicos, Senhoras e Senhores convidados.
Em tempos de coronavírus e de pandemia a nossa presença aqui reforça a crença na ciência como alavanca fundamental e impulsionadora que pode fazer toda a diferença.
A ciência e a produção científica são valiosas fontes de riqueza e de desenvolvimento, em qualquer área de intervenção, mas esgotáveis se não forem continuamente alimentadas.
É minha profunda convicção de que o futuro da Academia depende muito do contributo participativo dos seus membros e da mais valia reconhecida das suas intervenções e atitudes.
O sentimento de pertença, de vivência e de cumplicidade científica fortalece as vontades e potencia a assunção reconhecida dos valores da Ciência e do Conhecimento Científico, nas veredas do progresso, da evolução civilizacional e do bem-estar dos povos.
São os académicos que fazem as academias e as tornam indispensáveis.
A Academia de Ciências Farmacêuticas de Portugal não foi constituída para se perder nas águas do LETHES; antes sim, para ser o que que cada um de nós quiser que ela seja.
Uma responsabilidade cívica. Um significado.
Muito obrigado.